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O cenário atual da grande maioria das empresas é de crescimento abaixo do esperado. Margens de lucro vão se aviltando à medida que a economia apresenta não só retração, como também poucas oportunidades de acréscimos. As companhias estão vendo a rentabilidade se deteriorar, mas não podem se desfazer completamente de ativos. Também estão impossibilitadas, por vezes, de demitir em massa, pois precisam honrar contratos de suprimento. Desse modo, a profecia vai se alimentando: a economia retrai, diminui o consumo, o acesso ao crédito é dificultado, as empresas são afetadas, investem menos, geram menos riqueza e... o ciclo acaba se fechando.
Neste panorama, a inteligência mostra mais uma de suas aplicabilidades. E se não mantém totalmente o foco no marketing, no monitoramento da competição e do mercado, pode contribuir com seu olhar de reestruturação de toda a cadeia de suprimentos. E não somente reduzir custos ou aproveitar o momento para negociar insumos e, com isso, “obter mais com menos”. Não. Não somente isso, mas a real possibilidade de otimizar a empresa, buscar alianças com fornecedores e construir relações de longo prazo. Ao compartilhar o olhar sobre os negócios é possível utilizar a inteligência competitiva para fazer com que a rentabilidade aumente a partir da cadeia de fornecedores e suprimentos.
Esse processo não é novo. Já no início de 2000, diante de um cenário econômico complexo para o mercado automotivo, a Daimler-Chrysler abriu um processo na América Latina de otimização da cadeia de suprimentos. Desse modo, a montadora lançou um processo de monitoramento de seus fornecedores principais, construiu estratégias de aquisição e trouxe fornecedores estratégicos. Essa decisão fez com que os custos de aquisição diminuíssem drasticamente. A companhia fez com que fornecedores como Dana Motors, Bosch e outros gigantes da indústria pudessem contribuir com seus próprios projetos. Além disso, tudo, as equipes de engenharia e produtos foram otimizadas, o que trouxe os fornecedores para dentro das instalações da Daimler.
Em 2005, a Itaipu Binacional desenvolveu grande iniciativa de planejamento de aquisições e construção de relações de longo prazo com gigantes como ABB, Alstom, Siemens, entre outros. Os contratos com esses parceiros foram revisados e tiveram seus prazos aumentados. A modalidade comercial ficou muito mais atraente para a própria empresa com sede em Foz do Iguaçu, no Paraná. As empresas baseadas em commodities, como mineradoras e siderúrgicas, foram pelo mesmo caminho a partir de 2008. Com preços pré-fixados e, muitas vezes, ditado pelo mercado comprador, viram a necessidade de aperfeiçoar suas estratégias de aquisições para aumento de rentabilidade.
E sua empresa? Você tem desenvolvido estratégias de aquisições de suprimentos de longo prazo? Você tem monitorado seus fornecedores e parceiros estratégicos? Você procura desenvolver programas de otimização na cadeia de suprimentos? Você tem implantado regime de compras?
Fonte: http://www.amanha.com.br/posts/view/951/a-vez-da-inteligncia-na-cadeia-de-suprimentos
Editado em: 27.12.2015